O PREÇO DE UM COVARDE (BANDOLERO !)
James Stewart estava com 60 anos quando fez este filme (em 1968), mas atuou com a categoria e a energia de sempre. E que era conhecida de todos, principalmente do diretor Andrew V. McLaglen, que já havia trabalhado com ele e que além deste western dirigiu vários outros, como Quando o homem é homem, com John Wayne, Sete homens sem destino, com Randolph Scott, além de também diversos filmes de guerra. Também participam do filme Raquel Welch, que havia “estourado” como mito sexual dois anos antes com Mil séculos antes de Cristo, Dean Martin, o cantor que gostava de atuar, principalmente como partner do humorista Jerry Lewis e George Kennedy, o grandalhão da voz grave e que faria dezenas de filmes como coadjuvante ao longo de uma longa trajetória cinematográfica. De negativo, chama a atenção a despreocupação na época com a verossimilhança quanto à aparência principalmente de Welch, que após semanas cavalgando na poeira e nas vastidões das montanhas e desertos mantinha impecáveis seu cabelo, sobrancelhas e unhas. A história aqui por certo não é sofisticada, mas tem suas qualidades e seus lances dinâmicos e até bem interessantes, ocorrendo vários dramas paralelamente: assalto a Banco, prática do enforcamento, perseguição obstinada, reflexões do homem sobre o seu destino (a paz que se deseja), cobiça, disputa da atenção feminina, bandoleiros, tiros, conflitos internos, irmãos…Um faroeste típico, mas com alguns tons de comédia, como os da ótima cena do “elegante” assalto de Banco (vide a música que embala a cena) e com um final movimentado e surpreendente, fechando a trama com uma melancólica música e deixando ainda certas reticências. 8,2