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THE CHILD IN TIME

Este é um drama denso e sentimental, feito pela BBC de Londres para a televisão e baseado na obra de Ian Mc Ewan. Mas não tem nada de piegas. Ao contrário, é uma obra madura, extremamente bem realizada e com ótimo elenco, conduzido por Benedict Cumberbatch, famoso pela série Sherlock Holmes. É uma pequena joia na verdade, porque realizado com maestria e abordando vários temas a partir de um tema importante e real: o casamento e sua sobrevida após fato avassalador. Muitas reticências, sutilezas, em um filme extremamente bem interpretado e dirigido (Julian Farino) e que também conta com uma trilha sonora bastante apropriada e que acentua tanto a melancolia, quanto o suspense, que permeia a história toda. Um filme singelo, com pitadas de mistérios da vida (fantasia?), mas que atinge a sensibilidade – inclusive no paralelo que faz, na parte final, e que necessita de reflexão, entre o amigo e a filha – e  traz um fecho pungente e até inesperado, que legitimamente emociona. Em tempo: tenho até “medo” de aguardar pelo título brasileiro.  9,0