MISSÃO IMPOSSÍVEL – NAÇÃO SECRETA

l_2381249_c4abb567O filme começa com uma cena dos agentes em plena missão, com o suspense e a ação como devem ser. Parcialmente resolvido o primeiro impasse, entra a magnífica e eternizada música de Lalo Schifrin, consagrada pela série da década de 60. Enquanto a música já vai empolgando, como na série original, são exibidos flashes de cenas que iremos ver ao longo do filme. Quem não viu a série com Peter Graves, Martin Landau, Greg Morris, Barbara Bain e Peter Lupus (entre outros, porque o elenco mudou) não vai sentir a grande emoção desse momento inicial! Mas mesmo assim o filme vale como grande diversão. Efeitos de primeira linha, a tecnologia não dá pra comparar com a de há 50 anos. E nem alguns tons de comédia, que alguns personagens parecem manter durante toda a história. Na verdade, o tom do filme é semelhante ao dos de James Bond, com muito glamour, belas locações, perseguições externas etc. e, claro, a aqui Hunt Girl (Rebecca Ferguson), que é mais do que um rostinho bonito, deixando um permanente ponto de interrogação quanto a suas reais intenções. Nesse contexto, é lógico que o filme deve ser visto como pura diversão, o que implica aceitarmos qualquer “mágica” do herói para enfrentar o mal e sobreviver. E vai haver muitas cenas nesse estilo, com muita adrenalina em ritmo incessante e alucinante às vezes. E embora seja quase todo previsível, o filme pode guardar uma ou outra surpresa. Além dertudo, Tom Cruise está totalmente à vontade no papel. Visto como entretenimento puro, sem preocupações cerebrais, constitui um delicioso passatempo e que inclusive parece homenagear Alfred Hitchcock, com cena semelhante (agora em Viena) à do teatro do filme O homem que sabia demais (1956, James Stewart e Doris Day).  A respeito, vale a pena, para quem se interessar, pesquisar as curiosidades sobre o filme (cuidados de produção, inclusive, o fato de Cruise dispensar dublês etc.), que são muitas.  8,5