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MISSÃO IMPOSSÍVEL – EFEITO FALLOUT

Este filme – salvo engano o sexto da série no cinema – é realmente irretocável em termos de efeitos especiais, ousando fazer cenas de ação e perseguição inclusive nas ruas centrais de Paris e no Grand Palais (passando pela espetacular arquitetura de seu teto), além de outras extraordinárias em vários ambientes, envolvendo paraquedas, carros, motos, helicópteros… E felizmente continua preservando dois elementos essenciais da série original da TV: primeiro, a música-tema, para mim a melhor da TV e do cinema (composta pelo argentino Lalo Schifrin), vinculada com a edição espetacular e emocionante de cenas que ainda veremos no filme, uma espécie de trailer em alta velocidade no começo do próprio filme; e, segundo, a ação tendo início com a missão sendo passada para o nosso herói – hoje com o uso sofisticado da tecnologia. O Ethan Hunt de Tom Cruise, na série de 66 da TV era Jim Phelps de Peter Graves, muito mais carismático do que Tom, mas Tom é conhecido por fazer várias cenas de grande risco sem dublê e realmente se trata de alguém dedicado e que merece reconhecimento pelo seu esforço e perfeccionismo. Como ator eu o acho regular e embora com 56 anos ainda faça cenas de impressionante vitalidade e força, a interpretação dele ainda destoa quando as cenas exigem expressão facial. Mas o elenco ainda tem Rebecca Ferguson, Henry Cavill (o atual superman), Michelle Monaghan, Ving Rhames, Angela Basset, Simon Pegg, Sean Harris, Alec Baldwin e Vanessa Kirby, entre outros. Contudo, trata-se aqui de um filme de espionagem e ação, dominado pela tensão, pelo suspense e pelas reviravoltas inesperadas do roteiro, revestido de uma incessante experiência sensorial e também intelectual pelas intrigas que apresenta (quem é amigo, quem é inimigo, afinal?). O filme não é nada tão espetacular ou original quanto à história em si (seguindo mais ou menos a linha de sempre: o mundo em perigo), mas desfila um conjunto harmônico simplesmente eletrizante, que não nos permite tirar os olhos da tela por um segundo. Nesse sentido, é sem dúvidas espetacular. Ou seja: vale tudo quando se trata de um passatempo com esse estilo e essa qualidade, com a condição de que se esqueça a realidade e se mergulhe de cabeça (e paraquedas talvez…) na fantasia. E, desse modo, a nota não pode ser menor do que essa.  9,0