KILLING KENNEDY
Para a minha geração, John Fitzgerald Kennedy foi um ícone. Tão forte, que até hoje isso permanece e todo filme que aborda a sua morte é mais chocante do que outros que tratam da morte de outras personalidades. Eu lembro como se fosse hoje, da comoção da minha família, da agitação na casa da minha avó, quando minhas tias ouviram o assassinato no rádio e se puseram a gritar e a chorar desesperadas, como se tivesse morrido um parente. Para mim, criança de 5 anos, foi algo realmente marcante. Ele era um ídolo, um Presidente bonito, corajoso, forte, que enfrentava os russos, o mundo, capaz de resolver qualquer problema com seu carisma, com suas múltiplas facetas de homem público e homem de família (aqui, o filme mostra com modesta claridade o lado sombrio do presidente…), casado com a Jackie que influenciou gerações com suas roupas, penteados e comportamento. Por isso e pelo que ele representou para os EUA e para o Ocidente, este filme feito para a TV se torna também importante, como os demais já feitos. Ainda mais, porque aborda a morte do Presidente mais popular dos Estados Unidos e ao mesmo tempo traça um paralelo com a vida e a trajetória do assassino. O filme mostra de um lado a história de John Fitzgerald Kennedy e de outro lado a de Lee H.Oswald, o pelo menos suposto assassino. Produção da National Geographic de 2013, o filme tem no ator Rob Lowe um bom intérprete do Presidente que transformou a história americana e disse a famosa frase: Não pergunte o que o vosso país pode fazer por você e sim o que você pode fazer pelo vosso país ! Nos créditos finais, imagens reais do Presidente Kennedy. Outro ponto positivo do filme: a notável – e proposital – semelhança entre os atores e os personagens reais. E é realmente chocante ver um sujeito insignificante desfilar escoltado e triunfante após ter tirado a vida de um vulto de importância universal. 8,0