FESTIVAL EUROVISION DA CANÇÃO: A SAGA DE SIGRIT E LARS
Esta é uma comédia escrachada, ou seja, um besteirol e seu início já deixa isso absolutamente claro (a cara do Will Ferrer no cartaz já diz tudo!). Começa dando aquela sensação de clichês sem fim e até de mau gosto, como todos os filmes desse tipo. Entretanto, não demora muito e começa a ficar surpreendente. Embora tenha realmente muitos lugares-comuns, o filme passa repentinamente a seguir rumos inesperados e a ser uma mistura bem engraçada de gêneros. E a partir de certo momento percebemos que atrás daquelas cenas meio bizarras existe na verdade inteligência e que muito daquilo na verdade é feito de maneira proposital para valorizar a referida fusão de gêneros e tornar mais forte a mensagem. Em suma, começamos com a bizarrice e de repente nos perguntamos o que a ótima Rachel McAdams está fazendo ali com Will Ferrer (que não estranhamos nesse tipo de filme); dali a pouco aparece o também ótimo Pierce Brosnam (mais tarde Dan Stevens -que aqui está espetacular!- e até Demi Lovato, entre outros)…e o filme migra para situações inesperadas e se torna efetivamente um besteirol muitíssimo divertido, um entretenimento realmente apreciável, apresentando ainda, entre momentos sérios e de drama leve, impagáveis números musicais, muitos dos quais produzidos espetacularmente. É uma surpresa realmente, constatar que o filme segue por caminhos tão inesperados e tudo ficará agradável, além do fato de que sua parte final culminará (e emocionará) como aqueles filmes movimentados e ricos de possibilidades e sentimentos da Disney/Pixar. Apesar disso, é lógico, é um estilo de filme que poderá ser tido por muitos como chato/cansativo, estereotipado etc. Depende, assim, do gosto e do momento de cada um. Produção Netflix. 8,5