EM BUSCA DO OURO (THE GOLD RUSH)
Mais uma grande obra de Chaplin, produzida em 1925, considerada um clássico da comédia muda e referida pelo cineasta como aquela pela qual gostaria de ser lembrado. Repleto de pantomimas, cenas cômicas inesquecíveis, permeadas de momentos sentimentais, alguns instantes de cortar o coração e um final tocante. Cenas antológicas, como a dos dois pãezinhos, a da dança e da corda, a do urso substituindo o homem gordo de casaco e a da cabana no penhasco. No início, o Vagabundo (Carlitos) vai se aventurar na corrida do ouro no Alasca, nos idos de 1898, e enquanto isso dois fatos acontecem: Big Jim consegue achar uma montanha de ouro e está demarcando suas propriedades e um fugitivo, Black Larson, está se escondendo em uma cabana abandonada. A partir daí se desenrola uma histórica dinâmica, divertida e como de costume com muita criatividade, sem perder a sensibilidade (e naturalmente uma musa vai inspirar o personagem a partir de certa altura, impregnando o filme de melancolia). Interessante o fato de que 17 anos depois, em 1942, Chaplin acrescentou diálogos ao filme, além de uma sonorização especial (efeitos e música), também fazendo alterações na montagem. Como resultado, o filme teve duas indicações ao Oscar de 1943: Melhor trilha sonora e Melhor som. Outra curiosidade: no filme de 1925 ouvimos a música Once upon a dream, que todos vão reconhecer como o tema de amor da princesa Aurora e do príncipe Felipe, do desenho A bela adormecida da Disney. Mas na verdade essa música é baseada na obra de Tchaikovsky, composta em meados do século 19 (ou seja, A bela adormecida, opus 66 do compositor). 9,0