CRIMINOSOS E ANJOS (OUTLAWS AND ANGELS)

Este é um faroeste diferente, mas o diretor JT Mollner também é diferenciado, sendo alguns de seus filmes The long walk, Flowers in december, Sugartown e o mais recente Strange darling, causando muitos comentários e polêmicas. Esta produção foi elogiada no festival de Sundance de 2016 (quando o filme foi lançado), inclusive pelo uso de filmes Kodak e lentes e câmeras antigas e efetivamente não se mostra adequada para todo tipo de público: não pelo roteiro anticonvencional e imprevisível, mas por sua violência, tanto nos temas, quanto nas cenas, que não poupam situações sexuais, sangue em profusão e até mesmo, simbolicamente, uma invocação indireta do demônio que habita cada um – principalmente um ou outro personagem da história – e que, assim, age em total desapego à humanidade, em oposição ao fanatismo religioso que prolifera no ambiente. A trilha sonora é também insólita – e surpreendente – e acompanha o original roteiro, o qual conduz o espectador por caminhos totalmente sem previsão. De conhecido no filme apenas o ator Luke Wilson, mas todos do elenco são competentes e trabalham em perfeita harmonia, afinados inclusive com as dificuldades que o complexo enredo traz, com destaque para Francesca Fisher-Eastwood (filha de Clint e que não nega a origem!), Chad Michael Murray e Teri Polo. Para gostos que fogem do trivial e que apreciam pratos fortes e quentes. 8,7