CHARADA

Um filme de 1963, com suspense, comédia e repleto de atrativos, inclusive com certos toques hitchcokianos. O nome do filme se justifica pelo enigma a ser resolvido, na verdade dois: quem é o assassino e onde está o dinheiro. O espectador é convidado a tentar descobrir o que todos procuram, em verdadeiros jogos de gato e rato, não se tendo certeza sobre quem é mocinho e quem é bandido. O diretor é Stanley Donen, o mesmo de, entre outros, Cantando na chuva, Um pijama para dois, Sete noivas para sete irmãos e Cinderela em Paris. O elenco estelar, capitaneado por Audrey Hepburn -na época com 34 anos e que havia feito dois anos antes Bonequinha de luxo–  e Cary Grant -um galã quase sessentão na época e que poucos anos antes estrelara Intriga internacional. Fora eles, Walter Matthau, James Coburn (Flint) e George Kennedy (o mais famoso coadjuvante do cinema). Além de ter um roteiro leve, divertido e charmoso (com o mistério a ser resolvido), o filme se passa em Paris (com direito a belas imagens, passeio no Sena à noite…), desfila griffes de moda (Givenchy) e ostenta a música de Henry Mancini, afamado autor de inúmeras trilhas sonoras de filmes, como de Bonequinha de luxo (Moon River), A pantera cor de rosa, Um convidado bem trapalhão etc e que neste filme executa com sua orquestra a bela música Charade, que abre o filme e pontifica em todo o seu desenrolar. Uma ótima diversão. 8,6