A VISITA
A crítica “detonou” com este mais recente filme do M. Night Shyamalan. Mas acho que aí houve um pouco de prevenção e muito rigor na análise dessa obra. Primeiro, porque não dá para comparar qualquer filme dele (ou a grande parte de outros) com O sexto sentido. Acredito que ele nunca mais vai fazer um filme com aquela qualidade. Segundo, porque não há necessidade de comparações: trata-se de um ótimo diretor, que também fez Corpo Fechado e Sinais, que foram muito bons mesmo. E terceiro, porque embora este filme não seja um primor ou tão bom quanto poderia ser (o quanto o ótimo cartaz sugere), não é ruim como se apregoa e tem lá suas qualidades. A direção, como sempre, é elogiável e consegue construir um clima de muito suspense. De terror até. Principalmente psicológico. O espectador fica aflito, tenso, agoniado e isso é mérito. História coerente, original, isso realmente aqui não existe (mas na maior parte dos filmes desse tipo também não). Mas há os elementos do gênero e que estão muito bem coordenados, acrescidos por alguns ingredientes especiais, como o talento do garoto em cantar rap, o recurso de a menina ser uma cineasta amadora etc. Nada muito marcante, mas um bom passatempo para quem aprecia o gênero. 7,6