A LISTA DA MINHA VIDA (THE LIFE LIST)

Uma comédia bastante agradável, daquelas que apresentam dramas, fatos tristes, entremeados por situações leves, românticas, engraçadas, reflexivas, mas de uma maneira muito bem temperada e dinâmica. Uma obra repleta de coisas previsíveis, mas que não as escancara de modo acintoso e que também surpreende com cores diferentes e filosóficas, diálogos sérios e situações que nos fazem sorrir – ou os olhos marejarem – de contentamento ou nostalgia, resgatando imagens de nossa juventude ou meninice. Um filme bem construído, com belos lampejos como o da lista que lhe dá título e cujo andamento nos prende e de repente nos flagra torcendo para que certas ligações ocorram ou sabendo que vão ocorrer e desejando muito ver esse acontecimento. E que aprofunda questões importantes de nossa vida, relacionadas com os projetos, as realizações, as frustrações, as mágoas, os sucessos e fracassos. O espírito humano, tenaz ou não, por um motivo ou outro. Não é à toa que seu diretor Adam Brooks, canadense com 35 anos de carreira, além de ator é também emérito roteirista. E, também como virtude, a atriz Sofia Carson traz magnetismo e sensibilidade à protagonista, espelhando bem seus conflitos, incertezas e contradições. Como virtude, merecem menção ainda, a veracidade e a humanidade de que se revestem os personagens que representam os demais membros da família, com destaque para a ótima Connie Britton, como a mãe. Ótima diversão e que traz, junto com alguns clichês naturalmente, muitas coisas boas e para se pensar (e sentir), sendo, no dizer de muitos, uma comédia romântica apaixonante. Um spoiler que não traz prejuízos, na citação das 4 perguntas que definiriam para as mulheres um amor que vale a pena, ao analisarem o parceiro: 1) você pode contar tudo a ele? 2) ele é gentil com você? 3) ele te ajuda a ser a melhor versão de si mesma? 4) você o imagina como o pai de seus filhos? Netflix. 8,9