HONEY, NÃO! (HONEY NO! – 2025)

Os irmãos Coen (Joel e Ethan) fizeram história no cinema, apresentando filmes realmente originais e muitíssimo bem construídos. Sozinho, Ethan dirigiu produções de qualidade, como “A balada de Buster Scruggs”, “Um homem sério” e “Queime depois de ler”. Entretanto, apesar de serem filmes diferentes e todos de nível e revestidos de grande criatividade, talvez sejam superestimados, pois embora sejam na maioria ótimos e interessantes, na realidade não são filmes para figurarem entre os melhores da história do cinema, como muitos exaltam. Mas é opinião muito pessoal minha, reiterando que ainda assim o nível dos filmes desses cineastas (ou de um ou de outro) é alto e certamente acima da média. À parte isso tudo, quanto a esta obra especificamente, não foge à regra da originalidade e Margaret Qualey, de “A substância”, está ótima como a detetive Honey e além de bonita é realmente uma ótima atriz. A direção também é segura e competente, mais ainda pelo fato de ser um roteiro totalmente inusitado e também movimentado. De outro lado, Chris Evans está em um papel perfeito para seu nível de atuação, pois interpreta um canastrão: aliás, Ethan Coen provavelmente o convidou por ser perfeito para o papel, o que seria uma ofensa caso Evans percebesse a ironia. De resto, temos bastante violência e alguma ousadia inserida na história, que é forte em vários sentidos e apresenta um desenvolvimento realmente imprevisível e por esse motivo bastante atraente, sendo ainda recheada de sarcasmo e boa ação em meio a um caos típico do diretor, que tem inclusive como predileção a de destruir símbolos e ícones já consagrados. 8,4

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