LEMBRANÇAS DE UM AMOR ETERNO (A CORRISPONDENZA)
“Pelo que eu sei, no momento do nascimento todos nós possuímos o dom da imortalidade…”. Um filme interessante, instigante, misterioso, não convencional (embora tenha seus clichês), com drama, suspense e lirismo…belo, filosófico, com um texto rico e sofisticado ao mesmo tempo, que mistura o finito com o infinito e nos faz divagar…pensar no material e no imaterial…em analogias da astrofísica (matéria da qual o protagonista é professor) com a nossa vida cotidiana…uma viagem muito original que nos proporciona Gioseppe Tornatore, esse maravilhoso diretor dos fantásticos Cinema Paradiso e A lenda do pianista do mar, entre outros, e que depois de tantos anos ainda mostra sua destreza e competência, seu talento como diretor e principalmente como um contador de histórias que muito dizem ao coração. Essa é a chave de se gostar do filme: o emocional. Se visto apenas com o racional e em busca de estereótipos, corre-se o risco de desprezá-lo. Como fez a crítica, que o “detonou”. Mas o público em geral tem apreciado. Porque não tem mau humor, estrelismo, preconceito. É um filme para se ver com o coração aberto aos sentimentos. Estrelado por Jeremy Irons e Olga Kurylenko, acaba sendo, na verdade, uma invejável e profunda história de amor. 9,0