300 – A ASCENSÃO DO IMPÉRIO
Embora a tendência seja comparar este filme com o anterior, na verdade…esta é outra história! Embora faça referência ao primeiro filme e retrate acontecimentos da mesma época, envolvendo o mesmo Xerxes (Rodrigo Santoro) e os Persas contra o mundo... Só que desta vez há um destaque especial para as mulheres – notadamente para Arthemísia (a bela e excelente Eva Green) – e para as batalhas navais, que são simplesmente estupendas. Aliás, difícil dar tanta importância a roteiro em filmes desse gênero e com essa tecnologia, que não dão muito campo para a criação, embora tenha havido alguma preocupação (com limites) com aspectos históricos e de personagens. Mas o foco aqui na verdade é a ação, a aventura, a emoção…e nesse particular, se visto o filme em 3-D e no IMAX, impossível fazer qualquer queixa: é tudo um espetáculo épico, de batalhas, de banhos de sangue, de câmera lenta, da violência exaltada pela excelência da técnica e dos efeitos visuais, e também enaltecidos pela extraordinária qualidade do som e da trilha sonora, que intensificam a tensão e a emoção, tornando tudo absolutamente eletrizante (quase sem tempo para comer a pipoca…). Uma verdadeira viagem e que de quebra apresenta, como dito, algum sentido histórico e de relações, envolvendo principalmente o patriotismo e o poder e a dualidade do ódio e da atração,a despeito de o aprofundamento maior ter ocorrido em face da personagem de Eva Green (com apenas regular desempenho do ator que fez o herói Temístocles -o australiano Sullivan Stapleton – ainda mais se comparado ao Rei Leônidas do filme 300, Gerard Butler). Difícil ficar com os olhos fora da tela e sem sentir a pulsação ser alterada pela magnitude das imagens e do som. Mais um marco da nova tecnologia, baseado “pra variar”em graphic novel de Frank Miller (The Spirit, Sin City, 300…). 8,5