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XEQUE MATE (JOUEUSE)

Não confundir com outros filmes de mesmo nome. Na verdade, o título original desta produção significa “A jogadora”, mas é baseado em livro de nome “A jogadora de xadrez”, que seria o mais adequado aqui, embora o filme também seja conhecido como “Queen to play” ou “Mate da Rainha”, que nem existe no mundo do xadrez. Este é um filme francês de 2009, ambientado na bela Córsega e que participou do Festival Varilux de 2011, no qual foi homenageada a festejada atriz francesa Sandrine Bonnaire, hoje com 57 anos e que ostenta na bagagem mais de meia centena de filmes. Um drama leve, tom de comédia, com alguma fantasia e pitadas de romance, envolvendo o jogo de xadrez. Detalhe irônico: só que aqui, ao contrário do que acontece em alguns filmes famosos que abordam esse jogo, como O sétimo selo e também em séries importantes, como House of Cards, o tabuleiro sempre está montado corretamente, isto é, com a torre da casa branca à direita do jogador. O que do contrário seria uma heresia para os apreciadores do esporte-jogo-ciência-arte? O filme tem de muito bom a maravilhosa atriz, com um partner à altura, o grande Kevin Kline (que, dizem, teve alguns problemas com a língua francesa, entretanto), além da participação da bela Jennifer Beals (em personagem inspirador para a protagonista) e um desenvolvimento absolutamente prazeroso, repleto de detalhes, sutilezas, uma ótima trilha sonora e algumas belíssimas cenas e lições, como as que se extrai da frase: “Quando você arrisca, pode perder às vezes; quando não arrisca, perde sempre”. Mas o tema central efetivamente se concentra na questão de ser a dama a peça mais forte e importante do tabuleiro. Há algumas situações e cenas pouco verossímeis, mas a clareza da fantasia experimentada no torneio deixa claro que o filme propositadamente envereda por tais caminhos e tudo se torna absolutamente lírico e aceitável. É o primeiro trabalho da diretora Caroline Bottaro e existem polêmicas sobre detalhes da obra, até mesmo em torno do belo momento em que mãe e filha dançam lindamente. No todo, um trabalho apreciável, que diverte, entretém e emociona. 9,0