A VIDA DE DAVID GALE
Uma repórter é chamada para fazer uma entrevista inédita de três dias (duas horas em cada dia) com um prisioneiro no corredor da morte, no Texas, um dos Estados americanos que ainda pratica a pena de morte e se orgulha disso, considerando ser um sistema infalível. Detalhe: a repórter foi escolhida pelo próprio preso, que, entretanto, não é uma pessoa comum: trata-se de um homem culto, refinado, um professor de filosofia e ativista contra… justamente a pena de morte. E embora esteja praticamente certa a execução dali a poucos dias, começam a surgir dúvidas na mente da repórter, interpretada por Kate Winslet – ainda noviça, mas já talentosíssima atriz. O presidiário em questão é Kevin Spacey, que também dispensa comentários e o assistente da repórter é o ator Gabriel Mann, que hoje é conhecido por participar da série Revenge. Talvez a melhor atuação, porém, seja de Laura Linney, favorecida pelo papel, mas atuando maravilhosamente. O filme é de 2003 (EUA + Alemanha) e o diretor o renomado Alan Parker (Mississipi em chamas, Coração Satânico, O expresso da meia noite, The Wall…). Maniqueísmos à parte, o quebra-cabeças vai sendo montado aos poucos, com o processo investigativo e flash backs, adicionados com generosas doses de suspense e emoção, que vão se intensificando na medida em que o filme se aproxima do seu eletrizante e surpreendente final, que é realmente espetacular. 9,0