THE SONG OF NAMES
A razão do título do filme só será compreendida na parte final, onde, aliás, tudo vai adquirir grande significado e o filme terá seus momentos de maior emoção. É um drama com as dores da guerra, que mostra uma época com os personagens já adultos e também quando eram jovens, tudo orbitando em torno de um determinado fato e de um instrumento musical. E de uma lacuna que se busca obstinadamente preencher. O diretor, François Girard, coincidentemente também dirigiu um filme que tinha como um dos seus focos principais o violino (O violino vermelho, de 1998). Talvez esse seja, efetivamente, o mais emocionante dos instrumentos, porque a variação súbita de graves e agudos e a profundidade e extensão destes efetivamente mexem com os sentimentos do ouvinte. Um filme particularmente significativo para alguns, que tem instantes de grande emoção, mas que também tem momentos que poderiam ser mais bem editados/explorados, o que impede que haja uma unidade perfeita no roteiro e, a par das emoções que traz, provoca uma grande variação na nota de críticos e fãs, indo de duas até quatro estrelas. Provavelmente sua apreciação dependerá do tipo de espectador e do momento da degustação. De todo modo, um filme interessante e que vai sensibilizar pelo tema, estrelando os ótimos Tim Roth e Clive Owen, na boa companhia de Catherine McCormack. 8,0