Filme de 1964, dirigido por Sérgio Leone e o primeiro da trilogia que ficou conhecida como a Trilogia dos dólares. Nos dois anos seguintes, respectivamente, o cineasta faria Por uns dólares a mais e Três homens em conflito. Esta produção fez um grande sucesso, não só porque havia um recesso de westers nos Estados Unidos (pátria do gênero, como se sabe), mas também pelo estilo original do diretor, que realça muito a trilha sonora, os closes e valoriza muito determinadas cenas, que demoram um tempo além do habitual. Além disso, destaque inegável do filme é o ator Clint Eastwood e o a figura do pistoleiro que inaugura: o tal “cavaleiro solitário” e sem nome, vagando sozinho e misteriosamente atrás de algo que fica também indefinido. Clint, na época com 33 anos, estaria também nos dois filmes seguintes da saga e depois faria outros westerns, sempre com o mesmo perfil: um heroico sobrevivente e que sozinho e com sua habilidade com o colt enfrenta todas as agruras do Velho Oeste (sem deixar, pelo menos neste caso, de recorrer a todo momento ao infalível cigarro). Este filme, na verdade, só tem de especial o estilo do diretor e o “clima”, pois não apresenta nada diferente, com pouca criatividade. Fosse só o roteiro, seria sofrível, mas na verdade o gênero do western, salvo alguns casos especiais, nunca primou muito pela originalidade, mas sim pelo suspense e pela ação. De todo modo, como é um marco de uma era, merece ser destacado. Atua também no filme Gian Maria Volonté (Ramón), que voltaria na produção seguinte e que começava naquela época a criar a fama que teria nos anos seguintes, como grande ator italiano. 7,6
