Segundo filme da trilogia de Sérgio Leone (1965) e já muito mais consistente que o anterior (Por um punhado de dólares), que mesmo assim fez um grande sucesso na Europa e até mesmo além fronteiras. Este filme tem um roteiro já bem mais rico, edição e fotografia aperfeiçoados e embora o bandidão seja interpretado pelo mesmo ator do primeiro (Gian Maria Volonté), agora ele é conhecido como Índio e aqui vemos um painel bem mais abrangente do Velho Oeste, inclusive envolvendo os famosos caçadores de recompensa, tema que acabou se consolidando como um dos mais importantes dos faroestes . Naturalmente a cereja do bolo é novamente o ator Clint Eastwood –a essas alturas já era um grande ídolo, sendo chamado por alguns de “o novo Gary Cooper- e o seu personagem que aqui até já ganhou um apelido. Mas além dele, foi acrescentado um ingrediente que se revelou extremamente importante, tanto pelo carisma do ator, quando pelos interessantes “duelos” que propiciou: o personagem do Coronel Douglas, interpretado pelo ator Lee Van Cleef (famoso nos western spaghetti). O filme corrige a omissão do primeiro, quanto à omissão de Ennio Morricone dos créditos iniciais e Leone reprisa, com maior vigor ainda, sua força narrativa e de estilo, que inclui os closes/primeiros planos, as cenas lentas, sem esquecer da trilha sonora inesquecível, entregando uma obra com maiores focos de interesse e que em sua parte final vai definir, com ou sem surpresa, a expectativa criada durante todo o filme, quanto ao destino e à verdadeira missão dos personagens. 8,2
