O HOMEM QUE VENDEU SUA PELE
Este filme representa a Tunísia no Oscar 2021, concorrendo a Melhor filme internacional, atual denominação da categoria Melhor filme estrangeiro. É um filme muito bem acabado, com tema já conhecido, mas que tem uma nova roupagem. E mesmo abordando assuntos já tratados em outros filmes, essa maneira de apresentá-los permite que essas questões aflorem de maneira mais eloquente, principalmente quando no tratamento da temática do ser humano, comparado a mercadoria e no momento em que a crítica enfoca a contemporaneidade dos costumes e dos valores, que elevam alguns menos importantes do que outros, que são desprestigiados. Fotografia e direção de arte impecáveis, um filme nada previsível e que nos leva por caminhos muito interessantes e bem articulados, falando dos limites do homem, da arte e da liberdade. Apesar disso tudo e da originalidade do título, que lembra obviamente outros ícones do mundo do cinema e literatura, o filme tem alguns momentos de queda e não apresenta um todo uniforme e que desperta as emoções que poderia, exceto em alguns momentos. É um candidato de certo modo forte ao Oscar, sem dúvidas respeitável, porém não chega ao nível de um Drunk, por exemplo. 8,4