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ENCONTRO MARCADO (MEET JOE BLACK)

meet-joe-black-1998Este filme feito em 1998 praticamente dispensa comentários…porque todo mundo já viu! Pelo menos passou e passa centenas de vezes na TV, aberta e fechada. Mas como o revi depois de muitos anos e o achei acima da média (só comento em geral filmes com notas acima de 7,5), faço o comentário por questões até de critério. O cinema americano sempre se deu bem com histórias que misturam drama, romance e fantasia (leia-se aqui sobrenatural), haja vista “Ghost”. Só que este não é tão romântico (aquela Demi Moore é imbatível) e não tem uma música que chegue aos pés de Unchained Melody. Porém tem os demais ingredientes e dois deles realmente se destacam, sem querer fazer pouco, quanto ao primeiro destaque, da boa e bela atriz Claire Forlani (que, entretanto, parece muitas vezes estar tentando se adaptar às lentes de contato…): a beleza de Brad Pitt e o talento de Anthony Hopkins. Este, é um dos maiores atores do Cinema e mais uma vez desempenha à altura da sua capacidade e fama. Quanto ao Brad, que não é mau ator, neste filme realmente está no auge de sua beleza – e esse fato é muito bem explorado pela câmera – e tenho certeza de que por ele muitas mulheres viram e bisaram diversas vezes este filme…Também pelo personagem que representa no filme e pelo clima necessário que o cerca. De resto, um filme bem feito, divertido, em alguns momentos emocionante e que até  pode propiciar alguma reflexão. Um destaque: no início tem uma cena de atropelamento espetacular, embora chocante, e que vale a pena ver até em câmera lenta, para se perceber a perfeição do trabalho técnico. Também no elenco Jack Weber (o marido em Medium), Marcia Gay Harden e Jeffrey Tambor. O diretor é Martin Brest, o mesmo de “Perfume de mulher”(aquele em que Al Pacino faz o papel do cego – ganhou o Oscar por ele – e tem aquele maravilhoso tango, “Por una cabeza”).  8,5

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THE CALLER

220px-TheCallerposterDrama muito interessante, de 2008, com algum mistério e suspense (pode ser enquadrado como thriller) e muito bem protagonizado por Frank Langella. Também no elenco Elliott Gould. Dirigido com firmeza e delicadeza por Richard Ledes, é contemporâneo mas apresenta ligações vitais dos personagens com o passado, especificamente Segunda Guerra na França, mostrado em flash backs.  7,8

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A DATILÓGRAFA (POPULAIRE)

a_datilografaDeliciosa comédia romântica francesa, dirigida em 2012 por Regis Roinsard, e que evoca comédias maravilhosas antigas americanas (Audrey Hepburn e outras). A história se passa em 1959 e reúne diversos clichês americanos, nem parecendo um filme francês (mas não atrapalham e – previsíveis – até são indissociáveis de filmes do gênero), dos quais se destaca a enorme capacidade/habilidade que o cinema ianque tem – e que os franceses aprenderam muito bem –, de transmitir para o espectador grandes emoções em momentos competitivos, seja envolvendo basquete, baseball, corrida e até um campeonato de xadrez: vibração, ufanismo, câmera lenta, música de fundo etc… Neste caso, porém, trata-se de uma competição absolutamente inusitada. Nesse sentido, ponto para a criatividade e boa ocasião para os mais antigos, como eu, lembrarem do famoso “A,S,D,F,G”. Aliás, todo o filme é bem cuidado, o que o torna uma diversão agradabilíssima: figurino, trilha sonora, fotografia (visual realmente fabuloso), perfeita reconstituição da época em que o emprego de secretária passou a ser muito requisitado em Paris e uma boa datilógrafa era indispensável para as empresas que desejavam se mostrar grandes ou crescer. Tudo é muito bem feito e os estereótipos estão, como já dito, a serviço da diversão, comandada por Romain Duris (Em Paris, Como arrasar um coração…) e Déborah François, protagonistas sem qualquer beleza especial, mas com muito talento para a comédia. E que fantástico momento também o do cha cha cha...! E no final das contas, mesmo mostrando respeito aos americanos (o show business fica muito claro no final), os franceses mostram e enaltecem seu valor, inclusive com a frase de um dos personagens: “EUA para os negócios, França para o amor”.  8,2

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STOKER (SEGREDOS DE SANGUE)

segredos-de-sangue-5375Não é para todos os gostos, mas como é um filme muito bem feito (algumas cenas sensacionais, inclusive a final), recomendo. Agora, para os fãs de filmes de “suspense quase terror”, acho obrigatório. Esse gênero tem sido definido como thriller psicológico, ou seja, um filme com clima estranho, de permanente mistério e tensão, personagens igualmente esquisitos e a gente acompanhando à espera de um sentido, de um nexo para os fatos nebulosos. Nicole Kidman ótima (embora eu ainda não tenha me acostumado com aquela boca falsa que ela colocou…), assim como Mattew Goode, mas o brilho maior vai por conta da espetacular interpretação de Mia Wasikowska (Os infratores, Minhas mães e meu pai, Jane Eyre e Alice no país das maravilhas). Tem ainda Dermot Mulroney (O casamento do meu melhor amigo) e a direção é de Chan-Wook Park (Old boy), sul-coreano em seu primeiro filme nos Estados Unidos (2012/2013). No final e com os créditos toca “Becomes the color” (Emily Wells), estranho mas estimulante rap, porque absolutamente em sintonia com o que acabamos de ver.   8,0

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AUGUSTINE

augustineAchei este filme francês acima da média. Não só porque é bem feito e construído, mas pela temática, envolvendo os primeiros estudos de histeria, no caso feitos pelo personagem de Vincent Lindon em 1885, em Paris, o que dá ao drama um interessante conteúdo histórico, inclusive porque baseado em fatos que realmente ocorreram no Hospital de Salpetrière no século XIX. Também curioso que a certas alturas, ao comentar o caso da paciente (Stéphanie Sokolinski), o Professor Charcot observa que, em sua opinião, muitas mulheres que haviam sido queimadas na Idade Média como bruxas, na verdade eram vítimas de histeria. Um filme lento, meio sombrio, forte (dirigido a adultos, pelo tema central e pela sensualidade das cenas) e que apresenta uma inesperada transformação a partir da evolução do tratamento e da exposição acadêmica do trabalho médico/científico: fato que define o filme e acaba dando seu tom definitivo. A densidade da obra esconde perfeitamente eventuais falhas de roteiro e é muito boa a direção de Alice Winocour. 7,7

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O QUARTETO (THE LATE QUARTET)

m2_043_alq_1sht_V1.inddUm elenco extraordinário para contar a história de um quarteto de cordas e os dramas que decorrem inesperadamente de um problema enfrentado por um dos membros. Christopher Walken, Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener e Mark Ivanir brilham, cada qual com sua luz própria mas em benefício do conjunto, assim como devem brilhar a viola, o cello e os violinos. Atuação também significativa da jovem e interessante atriz Imogen Poots. O filme tem um ótimo roteiro, momentos de grande dramaticidade, de grande performance dos atores e também de muita emoção, inclusive pela música, que até nos possibilita conhecer o desafio representado pela execução da Opus 131 do gênio Beethoven. Dirigido por Yaron Ziberman,  participou do Festival de Toronto de 2012.  8,5

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O LUGAR ONDE TUDO TERMINA (THE PLACE BEYOND THE PINES)

The-Place-Beyond-the-Pines-movie-poster-337x500Interessante drama policial americano de 2013, com ação suspense e bem estruturado. Na verdade, parece três filmes em um só, tais os desdobramentos do roteiro. Mas a trama é bem costurada, mostrando que Bradley Cooper é um ator versátil realmente em um elenco composto, entre outros, por Ryan Gosling, Eva Mendes, Ray Liotta e Bruce Greenwood.  Temas como a corrupção, a juventude e as drogas, a força da política, têm uma boa sintonia, na mensagem final podendo-se alcançar enfim a coerência com o fato de que todo ser humano necessita ter e preservar o vínculo que possui com seus antepassados. 7,5

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SEM PROTEÇÃO (THE COMPANY YOU KEEP)

the companyDepois de muito tempo inativo, Robert Redford estrela e dirige este drama/thriller americano, de 2012, envolvendo fatos e investigações relacionados com o passado (FBI etc.). Passado em que movimentos jovens organizados acabaram passando das medidas pacifistas nos protestos contra a Guerra do Vietnã, provocando assaltos e atentados a bomba. O filme é interessante, equilibrado e a cena final extremamente delicada. O elenco é extraordinário: além de Redford, Susan Sarandon, Nick Nolte, Julie Christie, Chris Cooper, Stanley Tucci, Richard Jenkins, Brendan Gleeson, Sam Eliot, Terrence Howard e fazendo o papel importante do repórter, Shia LaBeouf.  7,7

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STAR TREK – ALÉM DA ESCURIDÃO

startrek12_posterÉ difícil para mim,  fã da série antiga, comparar essa turma nova do Jornada das Estrelas, principalmente com o Capitão Kirk de William Shatner e com o Spock de Leonardo Nimoy (que aparece neste filme dois da nova fase, com a avançada idade atual…certamente como uma homenagem especial ao mito). Na verdade, os de 1966 – todos, sem exceção – são insuperáveis (será nostalgia???) e a nova estratégia da série – após vários filmes que não emplacaram, com seres estranhos… –  foi a de abandonar a inovação de personagens e voltar aos mesmos da série original: só que no início de suas carreiras. A ideia foi boa e na verdade é a única que pode talvez, com o tempo, criar outra legião de fãs ou até satisfazer – com reservas – os antigos. O ator Chris Pine tem seu carisma e faz bem o papel do Kirk novo (embora às vezes realmente pareça novo demais para tanta responsabilidade…); Spock também tem em Zachary Quinto um ator compenetrado; e vemos com prazer  o sempre competente e veterano ator Bruce Greenwood (Pike).  Mas um dos que mais brilha no filme certamente é o vilão, interpretado pelo Sherlock Holmes Benedict Cumberbatch. A direção é, claro, é muito boa, considerando tratar-se do criador de Lost, JJ. Abrams. Mas visto o filme sem intenções de comparação e sim como obra nova, como deve ser,  penso que o fundamental a ser analisado, a par da ação, é o enredo. Nesse sentido, gostei mais do primeiro filme, o Star Trek de 2009. Quanto à ação, vi o filme em 3-D e naturalmente é recheado de suspense, cenas com efeitos especiais, som e imagens mirabolantes/estonteantes. Ocorre apenas que até a metade do filme há pouquíssima inteligência e criatividade. Porque deve haver no Jornada, o tempo todo, suspense inteligente, dilemas, situações-limite, para colocar à prova a coragem, o heroísmo e a extraordinária capacidade de decidir rápido e agir de Kirk (e até de Spock). E isso só ocorre a partir da metade do filme, quando o roteiro parece se aproximar do fascínio que os fãs da série exigem. Então, indo para a parte final, sim, um thiller com roteiro bem costurado, muito suspense e ação e novamente, perto do final e para emocionar, as frases que abriam a série antiga sendo proferidas quase 50 anos depois (…audaciosamente indo, onde nenhum homem jamais esteve), acompanhadas da música que se tornou famosa e ao redor imagens de alta tecnologia. Aí arrepia. 7,7

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SE BEBER NÃO CASE 3

725608936Normalmente, a segunda continuação de uma comédia, além de ter muita coisa forçada (tentando aproveitar o “filão”), ainda evidencia o desgaste do tema, tendente a nunca originar um quarto filme. Surpreendentemente até, esse não é o caso deste filme, que deixa claro tratar-se de uma continuação (e não de uma invenção nova), ao apresentar a mesma turma de amigos, fazer referência a fatos dos filmes anteriores e só mudar um pouco o tom do politicamente incorreto e do escrachado, mas sem perder sabor: e diverte bastante e provoca boas risadas. O diretor, Todd Philips, é o mesmo dos filmes anteriores, assim como todo o elenco, “capitaneado” pelo galã (e ótimo ator) Bradley Cooper, com a especial participação do camaleão John Goodman: embora este filme gire todo em torno do ótimo Zach Galifianakis.  Atenção: após o início dos créditos do final, ainda tem mais um pedaço do filme. 7,7

 

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SATURNO EM OPOSIÇÃO (SATURNO CONTRO)

SATURNODrama italiano moderno (2007), dirigido pelo turco Fernan Öztepek e que poderá chocar nos primeiros momentos por mostrar relações afetivas gays (nada, porém, de cenas de sexo). Ainda que haja esse choque, porém, ele será superado por razões muito acima do preconceito, inclusive porque a partir de um determinado fato o filme toma rumos diferentes, mais emocionais, valorizando a humanidade dos personagens (até mesmo o pai de Lorenzo, no final, alcança o entendimento exato) e discutindo questões importantes dos relacionamentos, notadamente enaltecendo a própria amizade, que acaba sendo, afinal, a tônica do filme. Os momentos de certa estranheza do começo, assim, dão lugar a emoções diferentes e bonitas, embora haja instantes tristes também. Interessante notar que na cena do necrotério a música que toca não combina em nada com o momento, fato proposital naturalmente para o diretor nos passar sua mensagem a respeito da morte, inclusive a partir da visão da amiga que hesitou em acompanhar a cena. O final do filme também é bastante interessante e significativo e a derradeira cena muito importante, inclusive sob a perspectiva do narrador. Achei bem bonita a música, italiana, que toca nos créditos finais (“Passione – com Neffa, tem no youtube, com o elenco do filme cantando junto:http://www.youtube.com/watch?v=m9SqSbwJSYA) .  7,7

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AGENTE C DUPLA IDENTIDADE (SHADOW DANCER)

agentec_1Não é um filme espetacular, mas tem o seu interesse. Apesar de lento, apresenta um clima de tensão permanente ao contar uma história envolvendo as atividades do IRA, a cidade de Belfalt, espionagem, informantes, o MI5 (Inteligência britânica), naturalmente sendo perfeito o título em inglês SHADOW DANCER, que não dá pra explicar sem estragar o final da história. Uma história contada de forma bastante realista.  Clive Owen e Andrea Riseborough protagonizam esse bom drama de espionagem britânico-irlandês de 2012/2013 e que tem também a participação de Gillian Anderson (a Scully, de Arquivo X). 7,6

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NA MIRA DO CHEFE (IN BRUGES)

In brugesMartin McDonagh escreveu essa pérola de 2008, interpretada magistralmente por Colin Farrel e Brendon Gleeson. E que tem ainda Ralph Fiennes em um papel totalmente diferente de todos os que já fez. Os personagens são inconcebíveis como assassinos na vida real, claro, por isso trata-se de um comédia (à humor negro, certamente), mas mesclada com drama. E os dois gêneros são habilmente sintonizados, quando esses dois mafiosos vão pra Bruges (Bélgica) aguardar ordens do chefão, para aniquilar mais uma vítima. Um deles adora cultura, visitar museus, respira o ar da história nessa cidade que o filme nos mostra com generosa fartura e nos deixa curiosos para conhecer (pequena, mas fascinante, um verdadeiro passeio pela Idade Média); o outro, detesta tudo isso, excursões, passeios, ver obras de arte, enfim (Farrell)…E a partir daí, também pela atração dessa diferença, se constrói um filme absolutamente inusitado e com desfecho inesperado, o lado drama emocionando e o lado comédia fazendo rir, principalmente pelo papel de Farrell. O diretor realmente acertou no tom, ao fazer um filme original e bastante divertido, atraente até o fim.  8,3

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A BICICLETA DE MEU PAI (MY FATHER´S BIKE)

moj_rower-posterEu estava pensando outro dia em como é impossível, pela aparência das pessoas, avaliar a amplidão do universo de cada um, as aptidões, o valor, o caráter de cada ser humano, seu passado, suas dores…E é fato que as pessoas sempre podem nos surpreender, ainda que tenhamos com ela estreitas ligações. Mas essa surpresa poderá ter como efeito curar dores antigas e já cicatrizadas? Reconciliar gerações? Conhecer realmente alguém pode realmente soar pretensioso, diante da grandiosidade de cada pessoa e dos segredos que cada um guarda a sete chaves. Mas a redenção mais importante talvez seja a que alcançamos conosco mesmos, quando estamos dispostos a escancarar nossa alma, embora em família, as coisas sejam ainda mais complicadas…mas enquanto houver espíritos generosos e dispostos/atentos, tudo será possível. Este é um filme daqueles típicos europeus com história simples porém muito bem elaborada e delicadamente cuidada, que mostra pessoais verdadeiras, com sentimentos, inquietações, dramas reais. O ritmo lento, as paisagens e a inusitada trilha sonora (jazz/swing americano, com o exímio clarinetista Benny Goodman, por exemplo) contribuem para a contemplação e para a reflexão. Simples, sincero e bonito filme, com belas e emocionante cenas: como a dos três nadando, a do concerto (maravilhosa !) e a do fecho deste drama polonês (2012), outra  imagem repleta de significados.  8,5

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DONOVAN´S ECHO

donecho110811Drama/thriller/ficção, dirigido por Jim Cliffe, com clima permanente de mistério e misticismo. A excelente atuação de Danny Glover contribui para acentuar o suspense e o enigma permanece e nos estimula a cada momento, só tendo sua resolução no final: delírio ou paranormalidade? Realidade ou sobrenatural? Deja vu? Quais os limites do ser humano? Há pessoas com dons especiais ou é tudo fantasia? A par dessas questões, o filme apresenta outras, afetivas, envolvendo família, remorso, perdas, relações humanas…Um filme forte, eletrizante em alguns momentos, e que nos provoca emoções fortes, com ótimas trilha sonora e fotografia.  Com Bruce Greenwood e a talentosa menina Natasha Calis, é um filme canadense de 2011. 8,5

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TERAPIA DE RISCO (SIDE EFFECTS)

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Filme de 2013, americano/canadense, muito bem dirigido por Steven Soderbergh e interpretado por Jude Law e Rooney Mara, tendo também no elenco Channing Tatum e Catherine Zeta-Jones. Um drama de mistério, algum suspense, denso e que tem um roteiro que pode surpreender. Alguns o classificam como thriller psicológico. O fato é que o filme aborda o mundo das drogas contra a depressão, a indústria farmacológica e aos poucos vai adquirindo consistência cada vez maior e vamos nos envolvendo e desejando descobrir as entrelinhas ou as reticências.  De todo modo, é um conjunto bem feito, algo bem realizado. 7,8

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A MORTE DO DEMÔNIO

a morte do demônioEste é um filme de 2013, dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez, não sendo, portanto, o “original” de Sam Raimi, que fez tanto sucesso em 1981 (e depois, em 1987,  com “Uma noite alucinante”). Na verdade, os elementos são os mesmos mas o filme é outro, algo original e com o toque pessoal do diretor e o talento dele,  do elenco e da equipe técnica. Temos o velho tema “jovens confinados em cabana sinistra, encontrando um livro satânico etc. etc.”, portanto nada de novo, inclusive nos sustos, mas o filme é extremamente bem feito e o clima de terror tão acentuado (inclusive com sangue e mutilações a granel), que mesmo quem não é fã do gênero – como eu – acaba achando o filme ótimo como cinema-terror. Destaque também para o som, para os efeitos de câmera e para a trilha sonora, que dão a tonalidade certa para cada arrepio. Nada de muito novo como dito, mas um trabalho muito bem realizado e que por isso merece destaque. Para os fãs de filmes do gênero, penso que imperdível. 7,5

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DANIKA

DanikaFilme americano de 2006, época contemporânea. Aparentemente o gênero é o drama, mas vamos lentamente constatando que é o suspense. E é daqueles filmes que nos envolvem pelo mistério e que nos fazem, com interesse, procurar resolver o quebra-cabeças em que mergulhamos. Fatos aparentemente normais do cotidiano vão sendo intercalados por outros estranhos. Toques de sobrenatural ou será de esquizofrenia? Marisa Tomei, hoje uma atriz madura, está muitíssimo bem no papel e tem grande mérito, junto com o roteiro, trilha sonora e o diretor, pelo envolvimento que o filme proporciona. O clima de estranheza permanece até o final e alguns fatos impactantes vão ocorrer (algumas resenhas classificam o filme como de terror). O desfecho satisfaz várias perguntas, mas também deixa muitos pontos de interrogação. Estimulantes.  7,8

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ALTA TENSÃO (HAUTE TENSION)

alta tensaoApenas por ler rasgados elogios ao filme, é que eu me aventurei por um gênero do qual não costumo gostar: terror. E achei ótima a experiência” O filme poderia se enquadrado como “thriller/suspense”, porque não trata de vampiros, zumbis ou de outras entidades correlatas: nele, o mal vem do cérebro e do coração do próprio Homem! Entretanto, as cenas fortes de suspense, violência e de sangue, com um realismo bem feito e um clima realmente aterrorizante justificam ser este um legítimo filme de terror. Porém, alerta importante: só para os fãs do gênero ou para quem tiver estrutura emocional e desejar conhecer o lado mau do coração humano – como a realidade assustadora que nos cerca às vezes e vemos todos os dias, infelizmente, na mídia. Só que aqui em grau superlativo. Filme muito bem feito, francês, de 2003, dirigido por Alexandre Aja (um dos roteiristas) e interpretado pela conhecida atriz belga Cécile de France (Além da vida, de Clint Eastwood), ganhou nota 6,8 no IMDB (Internet Movie Database), o que não pouco para esse gênero de filme. 8,0

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PARA MAIORES (MOVIE 43)

Para maioresComo o próprio nome em português indica, é realmente um filme para maiores, pelo conteúdo sexual e pela picardia envolvendo temas politicamente incorretos. E põe politicamente incorreto nisso! Uma mistura de trash com besteirol, situações bizarras, mas com algumas piadas inteligentes e engraçadas…um filme irreverente e para pessoas que não têm problemas com anarquia e humor muito negro. Uma comédia composta de uma história principal que compreende 14 historietas, cada qual com diretor e elenco diferentes. Bastante chocante e divertido e algumas histórias realmente ótimas (como a da Halle Barry, por exemplo). Quem tiver estômago para a primeira história, aguentará firme as restantes provavelmente…esse pode ser um bom teste…Um dos diretores é Griffin Dunne, outra história é dirigida por Elizabeth Banks e assim por diante. E nos episódios atua uma verdadeira penca de estrelas do Cinema, entre os quais Emma Stone, Hugh Jackmann, Richard Gere, Gerard Butler, Naomi Watts, Kate Winslet, Uma Thurmann, Tony Shaloub (Monk)…Filme de 2013 e pode dar o que falar, positiva ou negativamente.  7,8