KING RICHARD

O nome do filme já deixa claro que os fatos, na verdade biográficos, estão sendo sendo contados sobre a perspectiva de Richard, o pai de duas meninas que se tornaram mitos na história do tênis. Desde pequenas estimuladas e treinadas pelo pai, que sempre manteve acesos os ideais de família e de que tudo é possível quando existe a dedicação e a persistência no esforço, naturalmente acrescidos do talento. As duas fenomenais jogadoras cresceram sempre com lições de dever misturado com diversão e de otimismo principalmente, o pai nunca deixando de acreditar no sucesso e na vitória. Assim Will Smith personifica o pai das duas tenistas, com a competência de sempre, embora o lado negativo das coisas sejam dois: houve um processo do pai contra Will Smith, por suposta quebra de contrato, mas esses são outros quinhentos. E o segundo fato negativo é que o filme é um conjunto de clichês já reprisados inúmeras vezes no cinema. Ocorre, entretanto, que além de todo o elenco ser ótimo (a mãe e as meninas têm uma espontaneidade contagiante), a direção, a edição, a fotografia, tudo funciona muito bem para contar uma história leve, ágil e que entretém e emociona, baseada em fatos reais e que no seu final apresenta vídeos com os reais personagens enfocados. E o mundo do tênis reúne um interesse muito especial, sem dúvidas. E tudo acaba sendo válido, também mediante o reconhecimento do talento dos americanos para fazer esse tipo de filme, contando a vida de alguém de uma forma envolvente e que desperta sentimentos diversos, mesmo que adicionados alguns elementos de fantasia à vida real. No final das contas, em suma, uma boa diversão. 7,8