JASÃO E O VELO DE OURO (JASON AND THE ARGONAUTS – 1963)
Este filme que já virou um clássico cult de fantasia, ação e aventuras, também passou sob o título de “Jasão e os argonautas”, que corresponde exatamente ao original. Produção anglo-americana e dirigida por Don Chaffey, é um daqueles filmes que marcaram época e permanecem vivo na memória dos jovens que assistiram a ele na década de 60 e posteriores. Em determinada época foram comuns as produções com temas de fantasia e que apresentavam aventuras envolvendo deuses, titãs, monstros, sereias, hidras, muita magia, como filmes de Hércules, Ulisses, Maciste, Sansão, Aquiles, Simbá, O ladrão de Bagdá, heróis gregos e mitológicos desafiando perigos mágicos e monstruosos. Este é exatamente o caso dos desafios enfrentados por Jasão (Todd Armstrong) e seus companheiros argonautas (incluindo o herói mitológico Hércules) em busca do Velo de Ouro, uma lã de carneiro dourada com a capacidade mágica de trazer cura e felicidade/prosperidade. Este épico tem toda a magia que consagrou o gênero e é considerado por muitos o superlativo, inclusive por ter inaugurado efeitos especiais absolutamente inéditos para a época (de autoria do mago Ray Harryhausen, com a técnica “Dynamation”), em cenas inesquecíveis, como as de Talos, de Poseidon (Netuno para os romanos), das Hárpias, da Hidra e dos esqueletos. Se o filme tem algumas cenas que hoje parecem até ridículas, alguns efeitos, porém, ainda causam grande impacto visual – sessenta anos após sua criação e em um mundo altamente tecnológico como o de hoje –, o que demonstra a excelência da época. O título original do filme faz menção ao poema em que se baseou o roteiro, um épico grego do século II a.C de nome “As argonáuticas”, de autoria de Apolônio de Rodes. A trilha sonora é assinada por Bernard Hermann, valorizando as icônicas e eternas cenas deste clássico da aventura mitológica e que ainda mantém muito de sua força. 9,0
