FLORESTA MALDITA (THE BIG TREES)

Um drama de aventuras – com tons de comédia e até de romance – feito em 1952, estilo faroeste e que se passa no ano de 1900, envolvendo a exploração de florestas em solo americano, com o corte de árvores e a busca gananciosa de lucros com a madeira. O protagonista é um tipo de barão da madeira, que a qualquer custo objetiva conquistar territórios e ter lucros, explorando pessoas e as manipulando a seu gosto e conveniência. Dono de uma lábia invejável, como todo bom malandro ladino que se preza, o personagem é bem desempenhado e com desenvoltura por Kirk Douglas, principalmente nos momentos em que revela seu lado humano, embora alguns o considerem sempre um canastrão. O que se conta é que Douglas nada cobrou para atuar no filme, em troca de ser liberado de seu longo contrato com a Warner Brothers. O problema todo – e que dá o nome original ao filme – é que esse aventureiro encontra pela frente uma grande extensão de terra com as mais notáveis e altas sequoias, mas também a resistência de alguns colonos (bastante religiosos e apegados) em vender ou permitir a exploração de suas terras e o corte de suas árvores, tão gigantescas, quanto históricas/centenárias. E nessa linha segue o filme, com alguma dramaticidade, pitadas de leveza, alguns fatos imprevisíveis e cenas boas (como a do vagão descontrolado), porém sem quase nada de novidade ou originalidade. Também atua no filme Eve Miller e segundo consta Douglas teria dito que este filme poderia ser perfeitamente apagado de sua cinebiografia. 7,9