BLOW UP – DEPOIS DAQUELE BEIJO

Este filme de 1966, uma espécie de drama com elementos policiais, ganhou o Grand Prix em Cannes em 1967. Além disso, foi indicado ao Oscar nas categorias de melhor diretor e melhor roteiro, ao Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro e ao Bafta como melhor filme britânico, melhor direção de arte e melhor fotografia. Apesar disso tudo, é filme mais para críticos e no todo um puro tédio, porque quase nada acontece, nada se resolve e nada se questiona, a não ser aquilo que miraculosamente os críticos conseguem extrair das entrelinhas e da fama do diretor. Mas fica o seu valor histórico para o cinema de contracultura e sua importância para os movimentos cinematográficos da época, além disso apresentando jovens atrizes que ganhariam fama no cinema, como Vanessa Redgrave, Sarah Miles e Jane Birkin. A trama tem algum interesse e vai sendo até bem conduzida – até resultar em nada -, tendo no centro dos acontecimentos o personagem de David Hemmings, que é um fotógrafo meio excêntrico e que acaba sem querer registrando algo bastante interessante. Mas com o tempo e o avançar do roteiro, percebe-se que o filme é tão estranho quanto o diretor Michelangelo Antonioni e que nada de muito interessante ou atraente vai acontecer, além de algumas boas e esparsas cenas ao longo da história (há algumas inclusive bem ousadas para a época), vindo a decepção pelo que poderia ter sido.  7,5