ALASKA
Há diversas produções com esse mesmo nome (ou semelhante: Alasca), por isso é imprescindível saber diferenciar: este é um drama (com romance) franco-italiano de 2015, dirigido pelo cineasta italiano Claudio Cupellini. Na verdade, é um filme muito pouco comentado, o que é realmente uma pena, porque se trata de cinema de qualidade, embora tenha uma árida temática, relacionada com relações humanas, inclusive conturbadas, ou seja conflitos, que tanto tornam mais indigestos estes tipos de filme, como permite, pelo seu enfoque e andamento, enquadrá-lo na categoria de “filme de arte”, ou seja, mais pertinente a determinado tipo de público. Mas é uma obra surpreendente, visceral e ácida nos relacionamentos e nos sentimentos, nos encontros e desencontros e que expõe com vigor as dificuldades de se administrar os sentimentos e a própria vida afetiva. Enriquece o filme a bela química do casal, interpretado por Elio Germano (premiado ator italiano) e Àstrid Bergès-Frisbey (atriz espanhola), ambos com notável atuação – ela, em 2016, por este filme, foi indicada para o prêmio David di Donatello de Melhor atriz. Para concluir, uma bela cena o coroa no final. 8,9