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A CHAVE (THE KEY)

William Holden era um ícone de Hollywood na época deste filme, com 40 anos, tendo protagonizado simplesmente Crepúsculo dos deuses, Sabrina, Inferno número 17, Férias de amor, Suplício de uma saudade, entre outros, e Sofia Loren, com 23 anos, estava nos seus primeiros anos de cinema, lançada pelo marido Carlo Ponti; já havia feito uma dezena de filmes (Quo Vadis, A lenda da estátua nua etc) e poucos anos depois faria sucesso com El Cid, Os girassois da Rússia, O homem de La Mancha e assim por diante. Ela também viraria uma estrela, portanto, e além disso ambos sempre se destacaram como ótimos intérpretes, além de pela aparência. Finalmente, Trevor Howard sempre foi um ator repeitado e extremamente produtivo (O terceiro homem, O grande motim, A filha de Ryan, iniciando a carreira com Desencanto de 1945). Este filme anglo-americano de 1958, dirigido pelo britânico Carol Reed (O terceiro homem, Trapézio), não é muito conhecido, mas merece ser visto, pois tem um roteiro de qualidade, muito bem estruturado e desenvolvido. E o final foge inteligentemente do lugar comum. Um drama interessante, que na realidade mostra um aspecto pouco conhecido da guerra, paralelamente desenvolvendo um tema instigante e curioso de relacionamento humano, que acaba sendo o foco central e justifica o título do filme. Somos apresentados às embarcações rebocadoras, que na Segunda Guerra (no caso, 1941) tinham a importante missão de socorrer navios com problemas ou abatidos pelos inimigos alemães (geralmente submarinos), mas enfrentavam o perigo maior de estarem mal armados para se defenderem de eventuais ataques; e a seus comandantes/capitães e tripulações, que muitas vezes iam para as missões já com o mau pressentimento de delas não regressarem. De outro lado, os relacionamentos humanos domésticos de cada um, que não sabia se voltaria vivo da próxima missão. 9,0