OS ROSES: ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE (THE ROSES – 2025)

Com um texto afiado e inspiradíssimo, este remake de ácido humor não só honra o original, “A guerra dos roses” de 1989 (com Kathleen Turner, Michael Douglas e Danny DeVito), como dá a sensação de superá-lo. Graças à direção do americano Jay Roach (Trumbo, O escândalo, Austin Powers), mas principalmente à sua excepcional – e britânica – dupla central: os magníficos e já consagrados Olívia Colman (A favorita, Pequenas cartas obscenas, Meu pai e as séries The Crown e Broadchurch) e Benedict Cumberbatch (Ataque dos cães, Doutor Estranho e a série de TV Sherlock), com química mais do que perfeita e respectivamente nos papéis de Ivy e Theo Rose. Aliados aos dois, os coadjuvantes mantém elevado o nível, principalmente as americanas Allison Janney (Eu, Tonya) como Eleanor e Kate McKinnon (do elenco de Saturday Night Live) como Amy. É um filme muito inteligente e divertido, extremamente irônico e crítico e que faz rir e também refletir sobre questões importantes (dos relacionamentos e existenciais), com cenas antológicas e hilariantes, mantendo aceso o interesse do espectador do início ao final, que tem aquele fecho popularmente conhecido como “de chave de ouro”. Cabe fazer o alerta, entretanto, que o filme não despertou críticas unânimes, havendo quem o considere desde “ruim” até “ótimo”. 9,1

____________