Um drama de 1956, com bela fotografia (cores fortes), que pode até ser chamado de “dramalhão”, sendo considerado por alguns como um ótimo filme – principalmente em razão dos sentimentos velados e da sexualidade “latente” que exibe -, mas por outros como algo “menor” da filmografia de Douglas Silk (Imitação da vida, Tudo o que o céu permite, Sublime obsessão). Na verdade, esse diretor de origem alemã ficou conhecido por conseguir milagres e transformar canastrões em atores e tramas exageradas e insossas em ótimos filmes. Seja como for, o filme tem virtudes e alguns defeitos, estes mais concentrados no que é previsível do enredo, repleto de tragédias. O elenco é encabeçado pelo ator favorito do diretor, Rock Hudson (fizeram juntos 9 filmes), mas é todo harmonioso, inclusive porque este é um melodrama que exige desempenhos à altura de seus densos (e familiares) conflitos e personagens – que enfocam inclusive um “triângulo amoroso”, o qual, até pelo fato de o filme ser dos anos 50, é platônico” – mas tira o filme da mediana calmaria. Também brilham junto com Hudson, Robert Stack, Lauren Bacall e Dorothy Malone e atuam muito bem, em papéis menores, Robert Keith e Edward Platt (que viria a ser, na TV, o chefe do Agente 86). Foi indicado a três Oscars: Melhor ator coadjuvante (Robert Stack), Melhor canção original e Melhor atriz coadjuvante, ganhando o prêmio nesta última, para Dorothy Malone. 8,5