REGIÃO DE ÓDIO (THE FAR COUNTRY)

James Stewart, aos 48 anos de idade e um currículo maravilhoso (A felicidade não se compra, A mulher faz o homem, Núpcias de escândalo), no mesmo ano em que faria Janela indiscreta com Hitchcock (1954), realizou mais essa parceria com o grande diretor Anthony Mann. Com a presença da bela e elegante Ruth Roman e do indefectível Walter Brennan, ator que fazia geralmente o mesmo personagem de velhinho inofensivo (e muitas vezes encarregado do “alívio cômico”) e participou de dezenas e dezenas de filmes para cinema e depois TV, na verdade mais de 200 filmes. Não é um filme memorável, mas é um bom faroeste, com alguns instantes bem interessantes e bastante movimentados. Os fatos ocorrem a partir do noroeste dos Estados Unidos (Seatle etc), entrando Canadá a dentro, no transporte do gado em uma época em que eclodia a caça ao ouro, gerando muita cobiça, intrigas, mortes, quando ainda muitas posses de jazidas não estavam legalizadas e facilmente passavam de mãos esperançosas para outras inescrupulosas. Alguns dilemas, conflitos, em meio a exuberantes paisagens, predominantemente de inverno, tornando as imagens mais bonitas e misteriosas e no centro de tudo os seres humanos, com as suas mais variadas facetas, de amor, ódio, egoísmo e altruísmo. 8,0