ERA UMA VEZ UM SONHO (HILLBILLY ELEGY)

O diretor Ron Howard, já entregou muitos filmes de destaque para o cinema, como Apollo 13, Uma mente brilhante, O código Da Vinci, Frost, Cocoon, Splash. A atriz Amy Adams, aqui com muitos e muitos quilos a mais, já interpretou – e sempre otimamente- muitos e variados papéis, como em Trapaça, Animais noturnos, A chegada, O vencedor, Grandes olhos. E a atriz Glenn Close, também longe da forma de sempre, dispensa maiores comentários, sendo uma intérprete da maior qualidade em todos os filmes de que participa, como A esposa, Ligações perigosas, Reencontro, O fio da suspeita, O mundo segundo Garp e, claro, Atração fatal, que foi o filme que a projetou definitivamente. Com esse trio e mais um ótimo elenco temos aqui uma história familiar, em que os chamados “caipiras” do Kentucky deixam sua terra à procura de maiores oportunidades. E a vida segue, com as situações corriqueiras, porém o drama fica pesado porque há parte da família com grandes problemas e isso afeta de uma forma definitiva os demais. O filme que começa leve e com uma trilha sonora e um ritmo deliciosos, de repente envereda por caminhos tortuosos, que não apenas testam os personagens, mas principalmente seus intérpretes, certamente aqui Amy Adams e Glenn Close encontrando um elevado patamar de suas carreiras como atrizes. A partir do ano de 1997 acompanhamos a vida da família e seus percalços e ao final do filme, durante os créditos, constatamos que se tratou de uma história baseada em fatos reais. E vemos também como é impressionante a semelhança das pessoas que viveram realmente a história com o elenco escolhido para levá-la à tela, em um trabalho elogiável de pesquisa e de perfeccionismo/adaptação. O filme não tem quase nada que não tenha sido visto antes, contando uma história até banal. Entretanto, tem bons momentos e algumas cenas e o coeso e competente elenco fazem com o que ingresso não seja desperdiçado.  7,8