FORTY GUNS (DRAGÕES DA VIOLÊNCIA)
Este é um faroeste de 1957, com os ingredientes de sempre e mais outros adicionais que fazem com que o filme valha a pena ainda hoje, inclusive para aqueles que não são especialmente fãs do gênero. O filme tem ótimo roteiro (em parte bem original), uma bela fotografia, cenários, ótima trilha sonora e música-tema embalada no violão (e que fecha o filme com maestria), além de mais dois elementos muito importantes: o diretor Samuel Fuller e a maravilhosa Bárbara Stanwyck, que na época do filme já tinha 50 anos e que 25 anos depois seria agraciada com um Oscar honorário, pelo conjunto de sua arte como atriz. Embora haja notícias de que ela teria sido um “dedo duro” de seus colegas de cinema em épocas “negras”, isso aqui assume um caráter absolutamente irrelevante (até porque tais fatos teriam ocorrido muitas décadas depois). Pois como atriz ela dá um banho em todos os papéis que interpretou, revelando sempre seu talento, profundidade e versatilidade (sabe montar a cavalo etc.), não sendo este filme exceção. O protagonista (US Marshal) é bem interpretado por Barry Sullivan e um de seus irmãos por Gene Barry, ator que 1 ano mais tarde faria Bat Masterson, o famoso personagem da série de TV (produzida de 1958 a 1961). É um drama de aventuras com romance, onde estão em jogo paixões, interesses e sentimentos, inclusive de lealdade, no velho Oeste do final do século 19. Mas também há toques de leveza em alguns momentos. Faroeste de qualidade e que prende a atenção do começo ao fim. Seu título se refere ao “comboio” de pistoleiros que sempre acompanha a protagonista, a poderosa dama, dona do rancho e da cidade. 8,5