1917

Este drama de guerra e ação ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme e Melhor Diretor para Sam Mendes (Skyfall, O caçador de pipas, Beleza americana…), que também venceu na categoria de Diretor no Critics´ Choice Awards (embora o Melhor Filme tenha sido outro: Era um vez…em Hollywood). O filme ganhou também como Melhor Produção Cinematográfica no Producers Guild Awards (PGA). Fora isso, concorreu e concorre em várias categorias, algumas já premiadas, como efeitos visuais, fotografia, direção de arte, edição…Para o Oscar, tem 10 indicações: além das já citadas, edição de som, mixagem de som e roteiro. Não é pouco e o som e o visual do filme realmente impressionam, bem como a direção e a notável reconstituição de cenas da primeira guerra mundial, especificamente no campo de batalha, onde todo o drama acontece, com cenas de suspense e muita ação, algumas de tirar o fôlego. Na verdade, o ponto mais fraco da produção é a história, que não tem nada de novo. Mas em se tratando de cinema, a roupagem é de extrema importância e mesmo um roteiro sem grande criatividade se robustece e se torna poderoso. Na verdade, o conjunto todo do filme é harmônico e imponente, um trabalho de inegável qualidade artística. Há cenas simplesmente espetaculares, a fotografia é arrebatadora e o som espetacular. Curiosamente, o filme apresenta fragmentos de relatos contados pelo avô do cineasta (na infância), a respeito de acontecimentos reais da guerra. Outra curiosidade: o filme foi feito com uma técnica que faz parecer que as câmeras filmaram de um modo contínuo, sem cortes (plano único, na linguagem cinematográfica), o que provoca certamente um acréscimo na tensão e uma aproximação maior do espectador com os fatos da narrativa. O Oscar também de Melhor Edição não será, portanto, nenhuma surpresa.  9,0