Diz o ditado popular, que se conselho fosse bom não seria de graça. Mas o fato é que aqui cabe um conselho precioso a quem for ver esse filme: evite saber qualquer coisa sobre ele, sobre o enredo, sobre o fato principal (que é revelado quase na metade do filme), até mesmo sobre o gênero, o diretor ou o elenco. Em suma, não leia sinopse, não veja sequer o cartaz, simplesmente comece a assistir a ele sem saber absolutamente nada sobre o que vai ver. Aí, então, a experiência será surpreendente e muito interessante, que foi a que eu tive. Quem souber de antemão o “segredo” do roteiro, estragará quase meio filme sem a deliciosa surpresa. Esse termo “deliciosa” fica sob julgamento, é claro, porque o filme é um drama policial com suspense, então certamente haverá violência a ser esperada. Só que no caso a violência maior é o próprio fato insólito ao qual seremos introduzidos e que certamente tornará o espectador tão espantado, quanto refém do que virá e que trilhará caminhos imprevisíveis. Outro alerta é que se trata de um filme para públicos especiais, talvez adepto dos chamados “filmes de arte”, mas um público que tenha uma cabeça aberta para certas coisas e que soam realmente como “estranhas” mesmo na modernidade. No final das contas pode-se enquadrar o filme no gênero “thriller” e afirmar que ninguém sairá indiferente a ele, assim como se pode estabelecer um foco completamente diverso e enquadrá-lo como uma comédia (ou drama) de humor negro. O elenco é ótimo, comandado por Nick Stahl, mas a atuação de Randy Vasquez surpreende e toma conta das cenas, logo a partir de sua entrada. Direção de Nicholas Tomnay, foi produzido em 2023. 8,8
