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THE CLIMB

Este é um filme diferente, estranho, estilo cinema independente (EUA, 2019) e que mexe com o espectador. Recebeu diversos prêmios e é daqueles que os críticos adoram. Claramente foi todo pensado nos detalhes e com objetivos definidos. Desse modo merece ser valorizado e certamente gerará as mais diversas sensações e os mais variados comentários, conforme quem o veja e até o momento de sua degustação. É uma comédia, mas também é um drama, sobre erros e acertos, laços formados e rompidos, o modo de ver a vida e de tratar seus fatos mais dramáticos, dentro dos relacionamentos, com ênfase principal para a amizade. Alguém definiu o filme como “uma excêntrica comédia sobre dois homens…” podendo ser acrescido: “…e a amizade que existe entre eles”. A inesperada tolerância, a escala de valores, mutável, tudo correndo de modo imprevisível, havendo instantes de dramaticidade até comovente, intercalados com outros até de humor negro. Além dessa imprevisibilidade e das cores que os relacionamentos vão assumindo -desfazendo-se e se recompondo depois, ao longo da história-, outro elemento de destaque é a trilha sonora, com grande riqueza de gêneros. Apesar disso, há muitos momentos em que o filme não agrada e em seu todo não é satisfatório. Seu pecado é justamente o de muitas vezes se perder na inconstância e na indefinição de seu gênero, tornando o enredo não apenas exótico, mas também inconsistente e algo confuso ou pouco atraente. Não é, portanto, um trabalho totalmente harmonioso, ficando no final um gosto de “ingredientes faltando”, para a integralidade de seu sabor”. 7,8