STAR WARS – A ASCENSÃO SKYWALKER
Apresentado como o capítulo final da saga, este filme foi dirigido por J. J. Abrams, o mesmo diretor de Os últimos Jedi (2017), Sem fronteiras (2016), O despertar da força (2015) etc, além de outros filmes e séries fora da marca Star Treck, como, por exemplo, Lost, Missão Impossível (várias edições) e Armagedon. Excelente e experiente cineasta, embora nada fácil a missão de conjugar todos os elementos que formaram gerações de heróis e vilões (e fãs), com os princípios que os moveram e que foram as linhas mestras da produção, como o da luta do bem contra o mal, do altruísmo, do companheirismo e da renúncia, das buscas pela paz, tudo com o alicerce da fé. Diante do filme anterior e das dificuldades todas, a simplicidade e a despreocupação com desenvolvimentos mais complexos foi a solução encontrada e que parece ter sido plenamente satisfatória, sendo difícil imaginar um epílogo mais satisfatório, inclusive representando a derradeira cena um deslumbre para os fãs e para o cinéfilo em geral (real e simbólico). Sempre com emoção e com os ingredientes indispensáveis e que deram voz e corpo à série de filmes (a música-tema, a trilha sonora emocional, os efeitos especiais, os letreiros no início do filme e agora, com maior qualidade evidentemente, o som extraordinário e a técnica mais elaborada), naturalmente acompanhados do velho ufanismo, inseparável de filmes desse estilo. Ainda mais produzidos nos EUA. Aliás, para se gostar de filmes como este é indispensável o devido espírito infantil ou juvenil, que se deixa inteiramente levar pelo heroísmo sem fronteiras, pela imaginação sem limites e com isso usufrui integralmente dos prazeres da tela. Na parte final principalmente, certamente os mais velhos e os fãs resolutos vão lembrar dos velhos filmes de faroeste, envolvendo índios e soldados. Aqui, com alguns personagens mantidos atuantes e eternos, em razão dos demais não há o mesmo carisma dos primeiros heróis que comandaram as aventuras, mas não fazem feio e a tecnologia que comanda as maiores emoções com notável competência, desfazendo qualquer carência. Mesmo assim, impossível deixar-se de reconhecer a importância das velhas ideologias e personagens (como o da Carrie Fischer, de Billy Dee Willians e de Mark Hamil), dos permanentes heróis (que retornam como bons espíritos/fantasmas em momentos vitais do filme), assim como o magnetismo da atriz Daisy Ridley, que faz um ótimo e físico/corajoso trabalho, representando a força em todos os sentidos e a nova geração de atrizes. Além dela, o elenco é também estelar como o filme: entre outros, Adam Driver, Oscar Isaac, Richard E. Grant e Lupita Nyong´o. Com uma ou outra parte triste no filme -principalmente para quem acompanha a saga desde o início-, o final alcança com muita habilidade a comunhão de todos os elementos vitais e a possível coerência da obra, celebrando com euforia a conquista dos valores que forjam a face da humanidade e que lhe emprestam a plena e necessária esperança no futuro. 9,0