MINARI

Este é daqueles filmes que a gente assiste, acha bom, sensível, bonito, com boas interpretações, mensagem edificante, coisa e tal, mas ao tomar conhecimento da quantidade de indicações a prêmios, principalmente ao Oscar, fica totalmente surpreso. Até abismado. É um total exagero indicar este filme aos Oscars de Melhor filme, direção, ator, atriz coadjuvante, roteiro original e trilha sonora e digo isso sendo um admirador da cultura coreana em muitos dos seus aspectos (inclusive relacionados com a natureza – fato exaltado no filme, inclusive). A meu ver um total absurdo, fruto das políticas de Hollywood e só compreendi o fato quando observei que o nome de Brad Pitt consta dos créditos, na retaguarda e não no elenco. É um filme bem feito, a avó é muito boa atriz, o pai e o menininho bons atores (a trilha sonora, sim, é muito bonita e se destaca), mas não tem nada de novo, o andamento é lento, não há absolutamente nada que nos atraia ou nos arrebata. No caso, uma família, coreana, migra para os EUA em busca de uma vida melhor (pai, mãe e um casal de filhos), tendo o filho pequeno um sopro no coração, a mãe da mãe vindo posteriormente morar com eles e o filme mostra as lutas do dia a dia com as várias intercorrências da sobrevivência, inclusive as consequências no relacionamento do casal, na vida das crianças e mesmo após a vinda da avó, que tem aspectos positivos e negativos. E um final que já foi visto, pelo menos em seu contexto, em dezenas de outras produções. Um bom filme, bem dirigido, mas nada além disso e qualquer Oscar além da trilha sonora já será um dos absurdos que essa premiação não raro comete. 7,7