JASON BOURNE
Em termos de ritmo, cenas de ação, efeitos, edição, uso de tecnologia, o filme não destoa dos demais da série “Bourne”, apresentando momentos de bastante impacto e emoção. Mas é uma repetição de tudo já visto e embora apresente algumas respostas para questões vistas em filmes anteriores, esse fato não é suficiente para dar um brilho diferente à obra, que permanece interessante enquanto pura adrenalina, mas totalmente insatisfatória se analisada sob o ponto de vista de uma maior profundidade dramática, não havendo qualquer colorido de humanidade, de emoções, nessa árida e vertiginosa busca de sobrevivência no jogo de gato e rato da CIA. A própria presença de Tommy Lee Jones em um filme, hoje em dia, é garantia de clichê. Já Matt Damon não tem culpa disso tudo e, como sempre, desempenha muito bem o seu papel, assim como o faz Vincent Cassel, tendo o filme também a bela presença de Alicia Vikander. As previsíveis cenas de luta, de perseguição de carros etc., continuam boas para serem acompanhadas pela pipoca e pelo guaraná, afinal é filme da saga “Bourne”…mas, como salientado acima, nada além disso, nenhuma criatividade, nada para pensar ou para se enternecer ou emocionar especialmente, embora a cena final seja ótima, trazendo um interessante desfecho. 7,5