GRAVIDADE
Impressionante, magnífico, extasiante, tenso, eletrizante…! Muitos são os adjetivos cabíveis para este filme, que é um deslumbramento de imagens (algumas realmente inéditas do espaço) e efeitos especiais, tudo em harmonia com o som e a trilha sonora igualmente espetaculares e uma corajosa concepção estética e também de narrativa (alguns probleminhas na parte inicial do roteiro passam batidos pelo conjunto). E isso que não assisti ao filme em 3-D e nem no Imax – embora o tenha visto com imagem e som excelentes; mas fiquei 95% do tempo angustiado e totalmente imerso nas emoções do drama/suspense/aventura (PS – acabei vendo o filme pela segunda vez, no IMAX, em 3D: uma experiência sensorial extraordinária !). A atuação de Sandra Bullock, uma agradável surpresa, com alguns momentos realmente marcantes (indicada para o Oscar de Melhor Atriz) e o diretor, co-roteirista, co-editor e co-produtor Alfonso Cuarón ganhou o Globo de Ouro como Melhor Diretor. Não sei se vai também ser oscarizado (o filme com certeza vai ganhar pelo menos alguns prêmios técnicos e talvez também trilha sonora), até porque ignoro a extensão do trabalho do diretor em um filme onde predominam os efeitos técnicos, mas o trabalho é realmente digno de nota e o filme certamente entra para a história do Cinema como algo absolutamente inovador, lembrando importante paradigma, que foi o inesquecível e eterno 2001 uma odisseia no espaço, que foi sutilmente homenageado em pelo menos uma cena (a da posição fetal, inclusive com “cordão umbilical”). 9,0