COMPRAMOS UM ZOOLÓGICO
Para comentar esse drama-comédia-romance, faço uma comparação dele com GIGANTES DE AÇO (Real Steel), estrelado por Hugh Jackman e com Evangeline Lilly (da série Lost) – igualmente um lançamento (mas que não vai ser comentado com destaque, por ter conceito inferior) -, porque ambos são duas faces distintas mesma moeda. Essa “moeda” é a seguinte: trata-se de filmes de gêneros bem diferentes cujo enredo sabemos de cor desde a primeira cena. São filmes estilo “família”, típicos da “sessão da tarde” e após o início já sabemos tudo o que irá acontecer, em detalhes, da primeira à última cena, pois já vimos esse enredo dezenas e dezenas de vezes. Hollywood tem há muitos anos todos os ingredientes da receita do sucesso, bastando saber misturar bem os ingredientes. Acontece que “Gigantes de aço” é só clichê, não tem nenhuma mensagem nova ou interessante ou proveitosa, por esse motivo tornando-se absolutamente irritante para o espectador exigente, que chega à exaustão com tanta banalidade. Não há mais paciência! É só para divertir alguns minutos (os das lutas dos robôs), em que mais uma vez se admira a técnica cinematográfica americana. Enquanto que “Compramos um Zoo” traz junto com o roteiro já previsível uma porção de virtudes, que tornam a visão do filme algo absolutamente prazeroso e emocional. Sabemos o que vai vir, mas queremos que venha…O filme é bonito, limpo, bem dirigido (Cameron Crowe), bem interpretado (Matt Damon, ótimo, Scarlett Johansonn, ótima…) e nos coloca diante de conexões diversas, de relacionamentos e do enfrentamento dos fatos da própria vida, como o destino, os desafios e a própria morte, com belas lições (com também belos efeitos de memória) de como saber administrar uma grande perda…Nada extraodinário, mas muito bem feito, a ponto de chegar fácil ao coração. 8,4