WHITNEY
Doloroso é um termo que normalmente não se aplica a documentários. Ou a filmes estilo documentário, que geralmente são os biográficos. Mas aqui efetivamente não é nada prazeroso para os fãs contemplar a decadência de uma das maiores vozes que a música já teve: Whitney Houston foi uma diva e será sempre lembrada por interpretações memoráveis de canções que se perpetuarão pela história, tendo sido a única cantora americana a alcançar por sete vezes consecutivas o topo das paradas de sucesso. E justamente por isso, por esse imenso talento e pela imagem que todos guardamos dela, é que nos toca profundamente o destino que acabou seguindo em razão das drogas e que este filme mostra de forma incontestável e realista. Sob o ponto de vista cinematográfico, porém, obviamente é uma obra de valor, principalmente em sua primeira parte, que constrói os alicerces pessoais e familiares para a meteórica ascensão, com vários depoimentos, imagens de arquivo e da própria cantora. Na segunda metade o filme mostra a desconstrução do mito e se torna menos elaborado, embora prossiga causando emoções. 8,0