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O GUARDA-COSTAS

Este é um filme com ação, suspense e –que não seja spoiler– sobretudo romântico, cuja linha mestra é totalmente previsível. Entretanto, faturou mais de 500 milhões de dólares após ser lançado no ano de 2002. E são três os motivos: primeiro e menos importante, o roteiro apesar de repetir velhas fórmulas, traz o que todos os espectadores querem ver: as emoções e tensões, os closes, as cenas românticas com pitadas ou sugestões de erotismo, algum mistério (quem é o assassino, afinal?) e momentos de ação com perigo; segundo e terceiro motivos do sucesso do filme: Kevin Costner e Whitney Houston. Ele, que já era um galã renomado e bilheteria certa, nos anos anteriores havia feito Os intocáveis, Campo dos sonhos e Dança com lobos. Ela, que já começara a brilhar como cantora havia alguns anos e inclusive cantou o hino Olímpico em 1988 (na abertura), alcançou em 1991, ano anterior ao filme, um pedestal onde poucos subiram: cantou no Super Bowl simplesmente o hino dos EUA (The Star-Spangled Banner) e se tornou um hit, vendendo mais de 1 milhão de cópias. No filme, ela não assume o papel de Whitney, adotando outro nome, mas canta músicas e age como se fosse ela mesma, uma famosa e endeusada cantora. O que justifica a necessidade de um guarda-costas de respeito…Aliás, a trilha sonora do filme (uma ou outra música composta pela própria Whitney) vendeu mais de 38 milhões de cópias. E realmente é prazeroso e emocionante ouvir, pelo menos parcialmente, a consagrada I will always love you e a belíssima Run to you, ambas incomparáveis na voz da cantora, que parece imbatível quanto ao título de a melhor de todos os tempos. Com todos esses elementos, o filme não poderia deixar de ser o sucesso que foi, mesmo tendo um história já manjada desde o início, sendo ainda hoje bem palatável como um ótimo passatempo. 8,7