LADY BIRD

Mesmo fazendo papel de uma jovem com menos de 18 anos, a atriz Saiorse Ronan cresceu desde Desejo e reparação (passando por Um olhar do paraíso, Hanna e Brooklyn, entre outros). É ela a alma deste filme, embora todas as atuações sejam muito boas, principalmente da atriz Laurie Metcalf, que faz sua mãe. E não é à toa o cognome com que ela mesma se batiza – e que dá título ao filme -, pois a história, deliciosa e despretensiosa, é sobre a chegada da maturidade, os ritos de passagem. Aliás, “filha e mãe” concorrem no Globo de Ouro de janeiro próximo (2018), como Melhor Atriz e Melhor Atriz Coajuvante. E o filme igualmente, como Melhor Filme Comédia/Musical e Melhor Roteiro. Nada que já não tenha sido visto antes (e melhor até), mas aqui feito com muita competência, sensibilidade e sob alguns aspectos até originalidade. O filme retrata fatos do início do século XXI, os quais são comuns a dezenas e dezenas de produções americanas: o momento em que os jovens estão terminando o “colegial” (no Brasil, o segundo grau) e se preparam para começar a “vida séria” (da Faculdade). Para tanto, habilitam-se e se inscrevem nas melhores universidades, as quais possuem vagas limitadas e geralmente escolhem os novos estudantes por critérios de merecimento. Obviamente os jovens tentam todas as alternativas possíveis (nem sempre seu propósito coincidindo com o dos pais…) e o fato vai levar inexoravelmente a uma mudança radical de vida, tanto para o jovem que parte, como para os pais que ficam e que veem o filho (a filha, no caso) voar, inapelavelmente. 7,8