VICTORIA

4226388Um cinema diferente. Uma história que se passa em apenas uma noite e madrugada, envolvendo personagens que identificamos como reais (e perigosos/marginais), um deles uma moça chamada Victória e que de repente se vê integrada e envolvida em algo que ela também não sabe exatamente o que é e no que redundará. Propositalmente ou não, o filme acaba fazendo um leve estudo sociológico, sobre a influência das amizades e os limites da solidão. Mas a maneira de mostrar/contar os fatos é que torna o filme especial, embora não seja original nesse ponto, pois a série “Dogma” já havia inaugurado essa maneira de fazer cinema (aqui não são seguidos todos os preceitos do “ Manifesto Dogma 95”, porém alguns deles parecem bem presentes). Entretanto, poucos filmes foram anunciados como realizados em apenas um único plano-sequência, o que destaca o filme, que além disso causa angústia e tensão pela sua trama interessante e imprevisível. Também não é à toa que lembra “Corra, Lola, Corra”, pois se trata do mesmo diretor, o alemão Sebastian Shipper, com seu estilo marcante e bem pessoal. A protagonista é Laia Costa, espanhola extremamente talentosa.  8,0