GONZAGA DE PAI PARA FILHO
Quando termina o filme a sensação é de estarmos impregnados de história da Música Popular Brasileira. E a vontade é de que o Brasil inteiro pudesse ver esse filme. Fica-se perguntando também como é que em apenas duas horas passam na tela tantas histórias, tantas emoções…Mérito também do diretor Breno Silveira, que já havia feito “Os dois filhos de Francisco”. Mas todo o elenco é competentíssimo, a reconstituição de época ótima, trilha, tudo, enfim. Livremente inspirado na biografia de Luiz Gonzaga, o filme conta não apenas sobre a origem e a trajetória do Rei do Baião, mas também explica e expõe de modo mais claro a relação difícil dele com Gonzaguinha. Aliás, é onde o filme “pega” e “incomoda” mais. Até porque se o elenco é excelente, em todas as idades dos personagens, o intérprete de Gonzaguinha é fabuloso ao reconstituir a figura do ídolo morto em acidente de carro em 1990. Por isso o “duelo” pai e filho é magnífico, já que Gonzagão também tem o ator de alto nível. A distância entre Gonzaguinha e Gonzagão sempre foi algo que deixou perplexos os fãs, pois a princípio como conceber que dois talentos, embora brilhando em gêneros totalmente diferentes, sendo pai e filho, vivessem separados e com tamanha frieza ??? O filme também mostra maravilhosas imagens do sertão e intercala a fantasia (história romanceada) com fotos e imagens da vida real, o que é um prazer a mais. Assim como é prazeroso escutar os sucessos do Gonzagão, mas também Gonzaguinha cantando Sangrando e nos créditos finais do filme outra maravilhosa obra: Eterno Aprendiz. 8,8