O SOM DA LIBERDADE
A estatística demonstra que o tráfico de pessoas movimenta atualmente mais pessoas do havia escravos, mesmo quando a escravidão era legalizada, e que é enorme, nesse contingente, o número de crianças. Este é o tema deste drama, com suspense, aventuras e ação e por esse motivo ele é tão tocante e chocante e em algumas partes difícil de digerir. Não será fácil para muitas pessoas enfrentar o peso de fatos que se baseiam na crua realidade que nos cerca e que vemos na mídia, embora em reduzidíssimo percentual. No final do filme temos contato com os dados estatísticos reais e também com fatos e imagens dos temas e personagens verdadeiros. E a consternação que sentimos e a emoção que nos toma de assalto ainda é maior, pelo fato de ser um filme bem feito, bem dirigido e bem interpretado, inclusive com boa e comovente atuação das crianças. Mas, temática à parte e também descontado o aspecto de ser um filme bem feito e com apelo irresistível, grande parte da bilheteria (de sucesso) talvez se deva às polêmicas que começaram a cercar o filme e alguns atores, inclusive o protagonista Jim Caviezel (A paixão de Cristo e outros vários filmes) – com uma atuação carismática e convincente -, sendo lançadas, inclusive, em torno de tudo, as famosas teorias da conspiração. Além disso, consta que a filmagem aconteceu há vários anos e que o filme ficou engavetado à espera do interesse correto para decolar. O diretor é o mexicano Alejandro Monteverde e a esposa de Tim Ballard é interpretada por Mira Sorvino. 8,7