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O PODEROSO CHEFÃO II

Elenco brilhante, assim como direção, edição, direção de arte e a música de Nino Rota ainda com mais destaque. Seguindo o comentário feito ao filme original (primeiro da trilogia), minha opinião é de que este é o melhor dos três filmes, tendo sido produzido dois anos após o seu antecessor. Tanto Al Pacino (Michael Corleone) como Robert de Niro (Vito “Corleone” Andolini) estão estupendos e aqui se aprofundam os dramas e são mostradas diversas e pesadas consequências do crime e das rivalidades, na disputa pelo poder, com um foco especial e muito interessante em dois pontos de vista bem distintos -inclusive geograficamente- e dos quais podemos deduzir inúmeras conotações e subtextos (como a imigração nos EUA, as classes dominantes etc): de um lado, vemos o crescimento do império e do poder de Michael (com as naturais rivalidades com as demais “famílias”, todos disputando posições na hierarquia do crime); de outro, acompanhamos a trajetória e o crescimento pessoal e familiar de Vito, a partir da Itália e no século 20 já em Nova Iorque. Apesar de algumas cenas e personagens (a exemplo do primeiro filme) que poderiam ser deixados de lado, este filme aprofunda os fatos e apresenta maior harmonia e conexão na história e na saga, com destaque também para o ator John Cazale, que protagoniza alguns momentos dramáticos de destaque. É algo mais coeso, mais contundente, mais maduro do que o filme anterior, embora o carisma do pai seja substituído pelo dos dois filhos em destaque. Desta vez Coppola conseguiu ganhar o Oscar pela direção e o filme reprisou os do anterior, quanto aos Oscar de Melhor filme e Melhor roteiro, sendo ainda vencedor nos prêmios de Melhor ator coadjuvante (Robert de Niro) e Melhor Direção de Arte. 9,3