A NONA VIDA DE LOUIS DRAX
Desde a apresentação, com os créditos iniciais (que já nos mostram um excelente elenco) e a trilha sonora, já desconfiamos de que veremos um filme original, diferente da maioria. Lembra um pouco Peixe Grande, Amèlie Poulin… Talvez não seja inédita a forma, porque já houve experiências anteriores (narrativa em primeira pessoa, música que sugere sonho, ritmo rápido e cenas sintéticas, algo sobrenatural no ar…). Mas certamente é atraente. Um thriller de fantasia… E desde a primeira cena confirmamos tais impressões e o filme passa a gerar interesse imediato. Uma história insólita, com detalhes e tomadas diferentes e que não sabemos onde vai nos levar. Essa já é uma virtude importante. Ocorre que o lado sobrenatural que se acentua (e que desde a trilha sonora do início já se antevia) parece criar um subtexto que interfere na trama de uma maneira meio inadequada. Parece que aquele caminho que vinha sem interferências de repente se perde e não retoma mais o seu curso como antes. O filme cai um pouco, mas talvez isso dependa de como cada espectador vai reagir à mudança de rumos…De minha parte, achei que tudo passa a ficar meio indefinido em termos de gênero e com isso há uma perda de qualidade. Quase como se o filme a partir de certo ponto mudasse de mãos…De todo modo, o suspense é muito bom e a criatividade não perde tanto fôlego assim, oferecendo um desenlace satisfatório. Produção , direção do francês Alexandre Aja, com Jamie Dornan (The fall, Cinquenta tons de cinza), Aaron Paul (de Breaking Bad), Molly Parker (House of cards, Dexter) e ainda Oliver Platt e Barbara Hershey, entre outros. 7,8