JURADO Nª 2 (JUROR # 2)

Um drama de tribunal lançado neste final de 2024 e que tem elementos bem interessantes dentro de um roteiro bem estruturado – e que prendem o espectador até o seu final – e que em momento algum cai na banalidade, embora a história tenha alguns elementos já vistos e pudesse em outras mãos se transformar em um mero “enlatado”. Ocorre aqui, que os meandros da história e seu desenvolvimento examinam com profundidade vários aspectos éticos e morais envolvendo a instituição do júri, bem como fatos externos e vinculantes, mais do que isso, analisando e questionando o que, afinal, é verdade, o que é justiça, o que deve prevalecer diante das difíceis escolhas que eventualmente podem aparecer e nos desafiar. O enredo é atraente, mantém o público curioso tanto sob seu curso, quanto com relação ao seu desfecho e que, por sinal, se dá de uma forma absolutamente eloquente, brilhante até. E de todo o contexto, conclui-se que o maior mérito do filme se deve basicamente a dois fatores: à sua firme, competente e sensível direção e à harmonia e performance de seu elenco, que tem como nomes mais conhecidos os de Toni Collette, J.K. Simmons e Kiefer Sutherland, mas outros desempenhos de destaque, como os de Amy Aquino, Nicholas Hoult, Zoey Deutch e Chris Messina. Quanto à direção, a agradável e bela surpresa é constatar que com 93 anos de idade Clint Eastwood prossegue demonstrando tanto o seu amor pelo cinema, quanto a maestria que, depois do icônico ator que foi, desenvolveu como cineasta. Estreia da Max. 9,1