Um filme que até certa altura parece mais ou menos convencional, discutindo alternativas (ou filosofias) de vida, ao questionar a lógica ou a legitimidade de, diante do objetivo final de tudo, todos seguirem a mesma cartilha na escalada educacional. Mesmo assim, o filme atrai e seguimos os acontecimentos, incertos sobre qual será o desenlace de tudo, embora colocando pitadas de desconfiança sobre os fatos que parecem, no fundo, desenhar um conto de fadas meio fora de foco. Apesar dos caminhos iniciais, todavia, a partir de um fato específico os parâmetros passam a ser objeto de dúvida, como os métodos e condutas dos próprios pais da protagonista e o filme eleva seu padrão, inclusive tornando mais palpitantes até mesmo os conceitos que debate, seguindo ainda imprevisível. Entretanto, a parte final decepciona e muito do que foi questionado parece naufragar parcialmente nas escolhas do roteiro, que efetivamente contraria tudo o que até ali foi mostrado, optando por rumos que parecem escorados em fins meramente comerciais. A par de tudo, a história é interessante, o elenco e a produção são ótimos, sendo o filme estrelado, entre outros, por Carey Mulligan, Alfred Molina, Peter Sarsgaard, Rosamund Pike, Olivia Williams e Emma Thompson, estas últimas (pena) com reduzidíssima participação. Foi produzido em 2009 e, no final das contas, é um filme que ganhou diversos prêmios. Ao Oscar concorreu nas categorias de Melhor filme, roteiro e atriz. De fato, Carey Mulligan é sempre ótima, mas o filme é superestimado, pois embora traga ares de novidade, na realidade peca ao repetir uma história que já foi contada dezenas de vezes, embora sob vestes diversas. 8,0
